Coordenador do curso de psicologia da Unifacisa elucidou sobre oportunidades e destaques da área
Anos antes de se estabelecer como uma ciência, a psicologia emergiu como um estudo filosófico que foi utilizado para traçar respostas que definam o porquê dos desejos, comportamentos, sonhos e ações humanas. A partir desta concepção, nasceu a psicologia científica, na Alemanha, com o laboratório de Wilhelm Maximilian Wundt. No Brasil, a psicologia só ganhou notoriedade durante o século XIX com as diversas pesquisas iniciadas em laboratórios nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte. Entretanto, foi só no ano de 1952 que a área recebeu aprovação do MEC (Ministério da Educação) para se estabelecer como curso de graduação. Em 1962, com a Lei n° 4.119, de 27 de agosto, houve o marco da regulamentação da profissão no país e em 1971, com a Lei n° 5.766, foram estabelecidos os Conselhos Regionais e Federais de Psicologia que regularizaram a profissão do psicólogo e deram visibilidade ao setor em todo o país.
Dentre as várias áreas de atuação, destacamos as quatro mais conhecidas: 1) Clínica e Saúde, que envolve atividades de promoção da saúde através da psicoterapia individual, casal e em grupo; intervenções no campo das políticas públicas de saúde mental e no ambiente hospitalar; avaliação psicológica e psicodiagnóstico; 2) Educacional Escolar, que se direcionam aos processos de ensino-aprendizagem e suporte psicopedagógico às equipes educacionais; 3) Social, se dando em atuações junto às políticas de assistência social, mas também em consultoria junto a órgãos públicos e privados, produzindo dados e intervenções psicossociais; 4) Trabalho e Organizações, lidando com organizações de trabalho e políticas de saúde do trabalhador, além de atuar em organizações junto à gestão de pessoas e consultorias de treinamento e desenvolvimento pessoal, utilizando por vezes avaliações psicológicas.
Segundo o doutor em psicologia clínica e coordenador do curso de psicologia da Unifacisa, Adriano Barros, as atividades em ascensão para o setor são a Jurídica, Esporte, Trânsito e Neuropsicologia. Entretanto, “a área das políticas públicas de saúde, educação e social é um grande nicho de mercado atualmente, mas a demanda por psicólogos na saúde mental, no esporte, na jurídica, como perito, são demandas em constante crescimento. A busca por qualidade de vida e tratamento para a saúde se intensificou durante e no pós-pandemia, dado que tem sido corroborado também pelo aumento da busca por cursos de psicologia.”, destacou.
Assim, para se manter por dentro das áreas em alta procura mercadológica, é necessário manter-se atualizado. Os caminhos para conquistar a atualização são as pós-graduações e os cursos livres de formação, bem como a participação em eventos científicos e profissionais que debatem os rumos e as inovações na profissão. Segundo Adriano, “um dos elementos que preconizam a atuação na área da psicologia, inclusive reforçado no código de ética da profissão, é justamente a qualificação constante. Manter-se atualizado na área é fundamental para incrementar as intervenções, promovendo saúde e tratando os diversos sofrimentos psíquicos contemporâneos.”, reforçou.
Outra maneira de manter-se por dentro das novidades do mercado é tendo uma boa formação que lhe traga meios de como executar tal atividade. “O curso de psicologia da Unifacisa preconiza em sua organização curricular as Diretrizes Curriculares Nacionais, inovando em seu formato e método de ensino baseado na construção de competências por meio do desenvolvimento de projetos que unem de modo dinâmico e eficaz a teoria e a prática.”, disse o coordenador e ainda reforçou que “além disso, o aluno tem a oportunidade de conhecer as mais diversas ênfases teóricas e áreas de atuação, passando por estágios nas áreas de saúde, educação, social e trabalho. Dessa maneira, é possível seguir por ênfases como: psicanálise, neuropsicologia, terapia cognitivo-comportamental, logoterapia e abordagem centrada no cliente, com intervenções voltadas a clínica e hospitalar junto ao público adulto, adolescente e infantil.”, pontuou.
Por fim, o docente concluiu destacando as práticas desenvolvidas pelos alunos nos ambientes de estágio. Segundo ele, “nossos alunos têm a oportunidade de vivenciar as práticas de Psicologia Hospitalar e da Saúde numa das estruturas mais modernas da região, no Hospital de Ensino e Laboratórios de Pesquisa, o HELP. Atuando junto a pediatria do hospital, os alunos do estágio supervisionado conhecem, na prática, as contribuições da psicologia infantil e da neuropsicologia em ambiente hospitalar, sendo pioneiros e desbravadores. Além do HELP, nossos estágios ocorrem também na clínica escola, no ISEA, na Clínica Maia, no CAPS, na Emergência Psiquiátrica, no ECIT e escolas privadas conveniadas, e na Assistência Social do Município.”, enfatizou.
Por André Bojim - Assessoria de Imprensa Unifacisa