Em 1994, Josefowicz definiu “neurofobia” como o fenômeno desenvolvido por grande parte dos estudantes de medicina no qual é apresentado dificuldades para aplicar conhecimentos na área da neurociência. As motivações que levam a esta aversão não são exatas e ainda são alvo de estudos para muitos especialistas da área. Visando trazer soluções para esta problemática, um grupo composto por alunos e professores do curso de medicina da Unifacisa desenvolveu um projeto de extensão com atuação dentro do Instagram. Os integrantes Artêmio José Araruna Dias, Luís Felipe Gonçalves de Lima, Nilson Batista Lemos, Cláudio Brandão dos Santos Filho, Diego Kennedy da Costa Maia, Ana Beatriz Jordão Lima, Francisco Diogo Almeida Silva, Lucas Pinheiro Nunes, Hildo Rocha Cirne de Azevedo Filho e Luiz Severo Bem Junior criaram conteúdos com temáticas sobre neurologia e neurocirurgia para serem publicados na plataforma com o intuito de suavizar as abordagens sobre o assunto.
O professor orientador da iniciativa, Luiz Severo, explicou que um dos objetivos é instituir uma fonte de conteúdo confiável, seguro e pautado em evidências científicas e na literatura consagrada das neurociências, com um formato dinâmico e estimulante para a comunidade acadêmica de medicina. Ele ainda disse que os alunos integrantes realizaram reuniões a fim de discutir as estratégias abordadas nas postagens informativas, as quais foram divididas em grandes temas por mês com a finalidade de melhor assimilação dos estudantes. Os temas foram escolhidos de acordo com a sua incidência em provas de residência médica, bem como na relevância na vida profissional do médico generalista. O projeto teve duração total de nove meses, sendo consideradas as respostas, interações e métricas das redes sociais durante os meses de março a novembro do ano de 2022.”, disse.
Os dados coletados durante os meses de atuação do projeto se transformaram em uma publicação científica do Jornal Memorial da Medicina da UFPE. Para o egresso e autor do trabalho publicado, Artêmio José Araruna Dias, todas estas “experiências extracurriculares são fundamentais na formação, uma vez que, nessas ocasiões além do estudo científico e da metodologia de pesquisa, aprende-se como produzir em equipe, discutir diretivas e chegar a um consenso.”, comentou. Além disso, Artêmio, enquanto médico formado na Unifacisa, frisou que a “instituição fornece subsídios para a pesquisa, através de seus professores e de suas empresas derivadas. Como egresso pretendo seguir tal caminho e espero ter a Unifacisa como parceira em novos projetos.”, externou.