Ação promove reflexão, diálogo e valorização da diversidade racial entre crianças por meio de atividades criativas desenvolvidas pelos estudantes
Em alusão ao Mês da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, o curso de Psicologia da Unifacisa desenvolveu um projeto especial que uniu reflexão, diálogo e atividades práticas voltadas à valorização da identidade e da diversidade racial. A iniciativa surgiu a partir da competência curricular de Relações Étnico-Raciais e envolveu a criação de propostas educativas direcionadas a crianças de 5 e 6 anos.
Entre as iniciativas desenvolvidas pelos estudantes, destacou-se a criação de um jogo da memória temático, elaborado de forma lúdica e sensível, com imagens que representam diferentes etnias, elementos culturais e personagens da história africana e afro-brasileira. Para o aluno de psicologia, Thiago Araújo, a atividade se relaciona diretamente com o significado do mês:
“O Dia da Consciência Negra representa a existência, lutas e memória construídas ao longo da história, buscando a equidade na sociedade e fortalecendo o movimento negro, que sempre buscou, e ainda busca, espaço.”
Já a estudante Fernanda Lima explica que o jogo foi pensado para ser lúdico e didático. “Criamos um jogo da memória para trabalhar identidade, diversidade e reconhecimento das diferenças de forma acessível.”, destaca.
A professora do curso e responsável pela disciplina, Carla Borba, explica que a atividade tem como eixo central a compreensão crítica das relações raciais no Brasil e o papel da Psicologia nesse debate.
“Essa competência oportuniza aos nossos alunos discutir como as relações sociais são atravessadas pelo marcador racial. Trabalhamos a partir de uma perspectiva de Psicologia antirracista, baseada nas diretrizes do Conselho Federal de Psicologia. O profissional precisa estar preparado para reconhecer contextos de discriminação racial e entender seus impactos na saúde mental.”
O projeto proporcionou aos estudantes uma vivência que articula teoria, prática e consciência social, permitindo que eles construam intervenções educativas sensíveis às questões raciais e alinhadas ao desenvolvimento infantil.

