Em decorrência do uso de fogos de artifício e das chamas das fogueiras juninas, docente do curso de Enfermagem da Unifacisa relatou sobre tipos de queimaduras, cuidados e precauções
O mês de junho é repleto de tradições, umas mais antigas que outras, e, todas com seu valor sentimental. Alguns dos ritos mais comuns da época, principalmente nas noites do feriado de São João, são as fogueiras e fogos de artifício. Em ambos os casos são envolvidas brincadeiras antigas que, em muitas ocasiões, acabam em acidentes leves, moderados ou graves de queimaduras. De acordo com os dados levantados pelo jornal A União, a cidade de Campina Grande registrou um aumento de 50% em casos de queimaduras após o último feriado do dia 24 de junho. Pesquisas como esta mostram o quão importante é falar sobre as precauções que precisam ser adotadas não só nesta época, mas ao longo de todo o ano.
Segundo Ana Luzia Medeiros Araújo da Silva, professora da disciplina “Saúde Coletiva para Enfermagem e Medicina” da Unifacisa e coordenadora do curso de Enfermagem da instituição, existem três diferentes tipos de queimaduras: “As de 1º grau causam apenas vermelhidão e dor local; as de 2º grau acometem a derme e epiderme, causando dor mais intensa e formação de bolhas com conteúdo líquido; as de 3º grau atingem a derme, epiderme e hipoderme, ou seja, as acamadas mais profundas da pele, podendo haver exposição de outras estruturas, como músculos e ossos”, pontuou. A professora também explicou que as queimaduras causadas por fogos de artificio geralmente provocam lesões que variam de 1º ou 2º grau, mas que esse fator vai depender muito do tipo de artificio utilizado, local e tempo de exposição da ferida.
A enfermeira ainda destacou que existem casos em que há a necessidade de ajuda médica e que em outros casos é possível tratar a queimadura em casa. “Se houver exposição de tecido muscular deve-se buscar o serviço de emergência. Em casos em que há apenas vermelhidão ou formação de bolhas, o manejo pode ser feito em casa apenas lavando a área com água corrente ou soro fisiológico por um período de aproximadamente 10 minutos. Evite usar qualquer tipo de pomada, receita caseira ou ainda estourar as bolhas. Essas ações podem abrir uma porta para entrada de bactérias e agravar o caso”, comentou.
Por fim, Ana reforçou quais os cuidados necessários para a pele após ocorrer a queimadura: “alguns cuidados devem ser tomados, como evitar exposição ao sol da área afetada para prevenir que se formem manchas permanentes. Além disso, é necessário manter a pele hidratada e em ambientes confortáveis termicamente. A pele tem uma função importante na regulação da hidratação e temperatura corporal de maneira geral, então, se houver uma queimadura de grande área, essa regulação pode ficar comprometida”, concluiu.
Por André Bojim - Assessoria de Imprensa Unifacisa