Tradicional na região do Nordeste brasileiro, o período de festas juninas também é considerado sagrado para a cidade de Campina Grande. Em meio ao período de comemorações, o mês de junho também vem acompanhando de um tempo chuvoso e com temperaturas mais baixas. Além disso, o momento também é tipicamente conhecido pela queima de fogueiras o que, junto ao tempo frio, evidencia as doenças respiratórias ou o agravamento na saúde daqueles já possuem algum tipo de comorbidade nas vias aéreas.
Diante desta realidade, a professora de Fisioterapia Cardiopneumofuncional da Unifacisa, Rosa Suênia da Câmara Melo, adverte que “devemos nos prevenir, nos agasalhando mais, evitando as fogueiras, principalmente aqueles que já têm problemas respiratórios, evitando bebidas excessivamente geladas e nos resguardando dentro do possível para aproveitarmos as festas da melhor maneira possível”, destacou.
Para evitar o desenvolvimento de problemas respiratórios e, principalmente, para aquelas pessoas que já possuem alguma doença respiratória, o ideal é não fazer fogueiras ou não ficar perto de áreas que possuam fogueiras. “A fogueira solta uma fumaça que contém diversas substâncias químicas que, quando inaladas, podem ser nocivas ao sistema respiratório. Se não puder evitar a aproximação com as fogueiras, os cuidados preventivos são: manter portas e janelas fechadas, principalmente as do quarto; tentar isolar as frestas das portas e janelas com panos úmidos; fazer lavagem nasal com soro fisiológico; e usar máscara de proteção facial”, explicou a professora.
Rosa também enfatizou que não existe mistério para manter a saúde do sistema respiratório. Segundo ela, “pessoas que não têm problemas respiratórios, mantendo uma vida ativa com exercícios físicos, sem o hábito de fumar e sem a inalação constante de substâncias que possam prejudicar o pulmão, já é suficiente para que a respiração funcione adequadamente. As pessoas portadoras de doenças respiratórias agudas ou crônicas devem ser acompanhadas por um profissional especializado, como o fisioterapeuta respiratório, que prescreve tratamentos individualizados”.
Existem diversos sinais que indicam anormalidades no sistema respiratório, entre eles está a tosse, expectoração, obstrução nasal, dor torácica e a dispneia, que é a falta de ar. Cada um destes sintomas podem levar a crises de asma ou ser o início de qualquer outra doença respiratória. “toda dificuldade respiratória, principalmente aquelas acompanhadas de febre e debilidade do estado geral, deve ser encaminhada para um atendimento de urgência. Em nenhuma circunstância o paciente deve ficar se automedicando, mesmo se os sintomas forem leves. Uma vigilância maior deve ser dada à presença da dispneia que pode colocar em risco a vida do paciente”, conclui.
Por André Bojim - Assessoria de Imprensa Unifacisa