Docente do curso de Sistemas de Informação da Unifacisa deu dicas que ensinam os usuários a protegerem seus dados e, assim, garantir a segurança em casos de furto do celular durante o São João
Segundo dados levantados pela Polícia Militar da Paraíba, os smartphones apareceram no topo da lista dos itens mais furtados durante o São João de 2023. Durante a mesma época, a delegacia do Parque do Povo chegou a registrar um total de 53 boletins de ocorrência referentes a roubos de celulares em uma única noite. Em meio a esta problemática, a atenção com a proteção de dados é evidenciada já que, atualmente, os portadores destes aparelhos possuem em seus bancos de arquivos alguns documentos pessoais ou aplicativos que detêm o acesso a transações financeiras.
O professor da disciplina de Segurança da Informação e Interconexão de Redes de Computadores, do curso de Sistemas de Informação da Unifacisa, Cleisson Christian L. C. Ramos, explicou que a segurança pode ser invadida antes mesmo de acontecer um furto. Por isso, ele deixou algumas recomendações: “não utilizar redes Wi-Fi públicas, pois existe o risco de um atacante real capturar as credenciais de acesso, bem como outras informações. Evitar clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou pelo direct das redes sociais. Na dúvida, acesse os sites oficiais para verificar se tal promoção realmente existe. Ao clicar em links suspeitos, o usuário pode baixar um arquivo malicioso que um atacante pode tentar obter acesso às informações do celular da pessoa de forma não autorizada. Não confiar em ligações telefônicas por alguém se passando por um funcionário de um banco ou qualquer outro tipo de instituição. Na dúvida, desligue o telefone e ligue para o seu gerente do banco para confirmar a veracidade daquela ligação, pois na grande maioria das vezes pode ser um golpe”, pontuou.
Além disso, o professor destacou que a utilização de senhas mais elaboradas são essenciais para o acesso aos dispositivos, “bem como biometria, duplo fator de autenticação. Não armazenar credenciais de acesso no próprio aparelho, como senhas de bancos, e-mails e redes sociais”, disse. Uma outra alternativa de proteção muito útil é optar por mecanismos que tragam mais seguranças ao aparelho e que podem ser baixados através da própria loja de aplicativos: “pode-se utilizar ferramentas como antivírus, habilitar MFA (Duplo fator de autenticação) para redes sociais, e-mails, WhatsApp e demais aplicativos que tenham esse tipo de suporte. Manter sempre o sistema operacional e demais aplicativos do celular com as atualizações destes softwares em dia”, enfatizou.
Por fim, Cleisson expôs que quando, infelizmente, houverem roubos é necessário fazer o boletim de ocorrência, bem como sempre ter “anotado o número do IMEI do aparelho, pois é recomendado entrar em contato com a operadora para solicitar o bloqueio do telefone. Trocar todas as senhas de acesso a e-mails, bancos e redes sociais. Se possível, excluir todos os dados armazenados no aparelho de forma remota, caso a pessoa saiba como proceder neste caso”, frisou. Além disso, ele encerrou afirmando que é importante se atentar à quantidade de informações expostas nas redes sociais, já que “determinados tipos de exposição em excesso, pode levar com que uma pessoa maliciosa obtenha essas informações e tente realizar um acesso não autorizado em nome da vítima”, finalizou.