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24 de março de 2023

No mês dedicado ao Dia Internacional da Mulher, docentes do curso de psicologia falam sobre a figura feminina na sociedade

Estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1975, o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, segundo a professora e psicóloga Renata Oliveira dos Santos, tem o intuito de preservar e honrar a memória das sufragistas, das mais de 15 mil mulheres que marcharam em protesto por melhores condições de vida em Nova York, em 1909; da professora e jornalista alemã, Clara Zetkin que, em 1910, na Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, sugeriu a data para reunião, reflexão e proposição de ações em prol da dignidade das mulheres. 

As psicólogas e professoras da Unifacisa, Renata Oliveira e Letícia de Mélo Sousa, elucidaram que as ideias do que viria a ser mulher teriam surgido, ainda, no período neolítico. “A ideia do que seria uma mulher começou a surgir a partir da sedentarização dos primeiros agrupamentos humanos, no período neolítico, quando os machos começaram a se tornar homens e as fêmeas, mulheres.”, afirmou Renata; “A construção do sistema de hierarquias de gênero, o sistema patriarcal, remonta a, aproximadamente, 10 mil anos atrás, com o início do período neolítico. A construção de um sistema que retirou das mulheres o reconhecimento de sua humanidade consolidou-se nas relações estabelecidas entre sexos e gêneros, em todos os campos da existência humana.”, explicou Letícia.

As professoras, ainda, fizeram questão de deixar seus pontos de vista a respeito da importância da psicologia para apresentar espaços ocupados pelas mulheres na sociedade. “A psicologia, por uma parcela significativa da sua história, foi dominada pela produção masculina: a negação dos direitos básicos às mulheres as impediam de acessar os espaços e de serem reconhecidas pela sua produção científica e genialidade. Contudo, a psicologia se caracteriza, hoje, enquanto uma profissão buscada e realizada, principalmente, por mulheres. Essa presença feminina na profissão e ciência marca a chegada de uma nova perspectiva, que reconhece o impacto da exclusão, violência e exploração nos processos de sofrimento psicológico vivenciados pelas mulheres.”, elucidou, Letícia. “Como nós, mulheres, somos mais da metade da população mundial e, sendo a psicologia uma ciência e uma profissão comprometida com a saúde, seria, no mínimo, incoerente que esta área não se ocupasse de problematizar e apontar saídas para as desigualdades de gênero que atentam contra a dignidade, subjetividade, saúde física e mental, e, em última instância, contra a vida das mulheres.”, frisou Renata. 

Enquanto docente e psicóloga - mas, principalmente, enquanto pessoa que é identificada pelos marcadores sociais de mulher, parda, vinda de uma família penalizada pelo racismo e pela pobreza - tenho o dever ético e o compromisso humanitário de problematizar e desconstruir os preconceitos e viés com os quais muitos de nossos discentes chegam ao ensino superior. Pois, o senso comum, alimentado por milênios de assimétricas relações de poder e tantas outras crenças prejudiciais aos indivíduos e coletividades, pode fazer com que o conhecimento adquirido na universidade torne-se instrumento de reprodução de desigualdades. Para evitar este risco, aposto sempre no afeto, em referências bibliográficas (cinematográficas e culturais, de uma forma geral) consistentes e na capacidade crítica e empática dos alunos, estabelecendo uma relação de horizontalidade, cooperação e confiança com estes que, em alguns períodos, se tornarão meus colegas de profissão. É uma imensa responsabilidade e honra para mim formar pessoas para cuidar de pessoas.”, encerrou Renata.

Já para a psicóloga Letícia: “há nove anos me dedico ao trabalho na área de gênero e sexualidade, com foco na violência contra a mulher. Percebi, ao longo desse período, mudanças significativas na recepção do público sobre esses temas: aquilo que era entendido enquanto tema ‘nichado’, de interesse para poucas pessoas e objeto da reação negativa de muitos, passou a ser compreendido enquanto tema de interesse geral, com grande relevância social. Nos dedicamos ao trabalho pela garantia dos direitos humanos das mulheres, porém continuamos a sofrer ataques daqueles que se opõem ao pleno exercício da cidadania por parte das mulheres, que questionam os propósitos de nossas ações e a validade de nossas informações, sem apresentar qualquer fundamentação científica para tal, seguindo apenas sua própria visão de mundo. Lutar por um mundo mais justo para as mulheres, menos marcado pela violência e sofrimento, continua sendo um desafio, um desafio estimulante, marcado pela potência de trabalho das mulheres na construção de espaços mais seguros para o seu desenvolvimento, com esperança renovada a cada nova conquista social e a cada nova mulher que, em seu processo terapêutico individual, constrói um lugar de autonomia e saúde para si.”, finalizou. 

A partir dos posicionamentos expostos pelas professoras do curso de psicologia da Unifacisa, enquanto mulheres e psicólogas, reafirmamos ainda mais falar sobre as lutas diárias enfrentadas pelas mulheres. Por isso, ressalta-se a importância do Dia Internacional da Mulher e, ao mesmo tempo, que um dia ou um mês não são capazes de representar suas lutas diárias deste grupo na sociedade.

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