O material publicado faz análise às folhas da cajarana, uma planta oriunda do Sertão paraibano
A Unifacisa é uma instituição de ensino superior que vai muito além da sala de aula porque promove uma profissionalização de excelência através de toda a sua estrutura que permite a vivência de experiências completas. Recentemente, o LAMCIF (Laboratório Multiusuário de Ciências Farmacêuticas), do curso de farmácia da instituição, foi fundamental para o progresso de uma pesquisa desenvolvida pelo docente Felipe Hugo Alencar Fernandes, em parceria com outros pesquisadores da Irlanda, Alemanha e Cazaquistão, e que, posteriormente, resultou em um artigo científico publicado em uma revista internacional Natural Product Research, do Reino Unido.
Felipe é docente dos cursos de farmácia, medicina e odontologia da Unifacisa. A pesquisa desenvolvida por ele foi voltada para o setor farmacêutico, por isso o envolvimento do LAMCIF na continuidade do trabalho. No laboratório foram realizados os ensaios de atividade antioxidante com a técnica de DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazil) e de quelação de metais usando a espectroscopia UV-Vis.
Segundo o docente, “o artigo apresenta os aspectos farmacológicos, toxicológicos e fitoquímicos das folhas de cajarana (Spondias dulcis). A planta é comum no sertão paraibano. Os dados mostraram que o extrato da folha possui potencial laxante a antioxidante e ausência de toxicidade. Também foi isolada uma substância chamada Rutina, que possui diferentes potenciais biológicos.”, relatou. Assim, a pesquisa apontou que as folhas da planta possuem efeitos que inibem a famosa “prisão de ventre”. “O principal efeito terapêutico observado no artigo foi a atividade laxante das folhas da Cajarana. Como 20% a 30% da população é acometida por constipações que causam desconfortos intestinais, o tratamento com as folhas pode ser uma ótima solução.”, explicou o docente.
Felipe ainda comentou sobre como se deu o processo de produção da pesquisa. Segundo ele, “o trabalho é uma continuidade dos nossos estudos com as plantas do gênero Spondias, espécies que são estudadas juntamente com nossos parceiros do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual da Paraíba e com a Universidade Estadual Paulista, de Araraquara. Além disso, tivemos a colaboração de pesquisadores da Irlanda, Alemanha e Cazaquistão.”, frisou.
Por fim, o professor ainda relatou como leva o desenvolvimento de processos de pesquisas como este e como pretende realizar atividades científicas ao lado dos estudantes de farmácia “na competência desenvolver produtos fitoterápicos, homeopáticos e florais do curso de farmácia, esse artigo é apresentado aos alunos como leitura complementar para a compreensão das etapas de desenvolvimento de um produto fitoterápico através dos dados científicos. A ideia é dar continuidade com os estudos visando avaliar outras possibilidades terapêuticas.”, concluiu.
Por André Bojm - Assessoria de Imprensa Unifacisa