15 de julho de 2024

Orgulho da Paraíba: Laíssa Guerreira, aluna do curso de Direito da Unifacisa irá representar o Brasil nas Paralimpíadas de Paris 2024 

O termo “determinação” busca identificar coragem, autoconfiança e perseverança, e é usado para caracterizar a persistência de alguém para conquistar algo. Para além da explicação da palavra, o filósofo Friedrich Nietzsche acreditava que os seres humanos eram livres para criar seu próprio destino, independentemente das adversidades que apareçam no meio do caminho. Nascida em 10/11/2005, em Campina Grande/PB, Laíssa Polyanna Guerreira da Silva Vasconcellos Teixeira (18) é um grande exemplo de ser humano que preferiu escrever sua própria história mesmo em meio as adversidades que surgiram em sua vida. A jovem é ativista na causa da pessoa com deficiência e doenças raras, palestrante motivacional, modelo, atleta da Seleção Brasileira de Bocha e é acometida por uma doença rara chamada de Atrofia Muscular Espinhal

Desde muito cedo, quando ainda tinha dois anos, Laíssa apresentava alguns hábitos incomuns para a sua idade, como, por exemplo, não conseguir ficar em pé por muito tempo, nunca correr ou pular. Sua mãe, Edna Silva, procurou ajuda médica assim que notou que algo estava errado, mas o diagnóstico da jovem só veio aos oito anos de idade. “Em outubro de 2014, eu passei pela minha neurologista e ela me diagnosticou com Atrofia Muscular Espinhal, me apresentando, assim, o início da minha verdadeira luta e história. Em dezembro de 2014, eu fiquei na cadeira de rodas porque perdi totalmente as forças das minhas pernas”, historiou. 

Após descobrir que a doença não tem cura, aos 12 anos, Laíssa iniciou o tratamento com uma medicação que possui a função de não deixar que a enfermidade degenere rapidamente. Logo depois de iniciar o tratamento, a justiça alegou que o fármaco não traria efeitos e interrompeu a distribuição da droga. A partir daquele momento, “mantive a minha luta, juntamente com a minha mãe, para que esse parecer da justiça fosse modificado e, com isso, paramos no Senado Federal. Lá eu clamei pela vida de todos que precisam da medicação. Em meio a protestos por todo o Brasil, o juiz voltou atrás na sua decisão e nesse período começou a minha luta, de fato, pelos direitos, pela vida e por uma justiça mais justa”, explicou.  

De volta ao procedimento medicamentoso, Laíssa seguiu sendo acompanhada por profissionais da saúde. Entretanto, a necessidade do uso da cadeira de rodas lhe trouxe alguns obstáculos na escola. A partir daquele momento, a estudante começou a ser excluída das aulas de educação física e, com o intuito de mudar a situação, sua mãe foi em busca de um esporte que se encaixasse com a atual realidade de Laíssa.  “Foi aí que conheci a bocha paralímpica. Minha mãe conversou com um professor de educação física, buscamos entender mais sobre o esporte e comecei a praticá-lo. Mesmo assim, eu nunca havia ido a uma competição por sempre estar me internando ou fazendo alguma cirurgia. Em 2019, após uma grande cirurgia que fiz, eu consegui me recuperar e fui disputar uma competição. Conquistei o 2° segundo lugar e me classifiquei para disputar nacionalmente as Paralimpíadas Escolares”, lembrou. 

Depois de se consagrar como bicampeã das Paralimpíadas Escolares, campeã brasileira do Campeonato Intermediário, campeã do Regional Nordeste, campeã Individual Parapanamerica de Jovens, campeã na Dupla Parapanamerica de Jovens e campeã Mundial de Jovens, a jovem integrou a Seleção Brasileira de Bocha no final de 2023. Até integrar a seleção principal, Laíssa foi incluída aos treinos de alto rendimento com foco na evolução. “Em fevereiro desse ano fui convocada para representar o Brasil no Qualifay Coimbra, um campeonato classificatório para Paris. Sendo a mais jovem atleta de bocha neste campeonato, promovi ótimos resultados. Por mais que os jogos tenham sido difíceis, consegui sobressair como a mais jovem atleta de bocha a conseguir uma vaga para Paris e ir disputar uma Paralimpíada”, externou. 

Atualmente as atividades que mais demandam tempo e atenção de Laíssa são os treinos de bocha e graduação em Direito na Unifacisa. Ela diz que o segredo para conciliar tudo é ter muita organização, foco e calma. Segundo a estudante, “minha rotina é muito agitada. Eu saio do padrão dos pacientes com doença rara, já que a maioria vive para tratamentos e fisioterapias, mas eu decidi, junto com minha mãe, a viver intensamente. Hoje, de segunda a sábado, treino pela tarde, 4h30min, no mínimo. Pela manhã estudo na faculdade e, após o treinamento da tarde, vou estudar e fazer questões sobre o que vi pela manhã na faculdade. À noite dou andamento nas outras atividades, seja de ativismo, palestras ou produção de conteúdo e estudo mais um pouco. No domingo treino e analiso vídeos de jogos da bocha, mas também estudo. Nas segundas, quartas e quintas tenho fisioterapia também. Encaixei nos horários apertadinhos, mas dá certo”, pontuou sobre seu dia a dia. 

A acadêmica em Direito também atribui seu atual desenvolvimento esportivo e intelectual às vivências dentro do Ecossistema Unifacisa, já que, neste espaço, ela se prepara para uma carreira jurídica, bem como, ainda, realiza seus treinos. “A Unifacisa é uma grande parceira minha, posso dizer que é uma luz na minha carreira acadêmica e esportista. Lá me sinto viva e com muita liberdade, devido a existência de acessibilidade desde a entrada até a saída. O lugar desenvolve um excelente sistema de aprendizagem, juntamente com os professores, utilizando da prática e de todos os métodos mais eficazes, e corroborando, assim, para a minha formação profissional e humana. A instituição fortalece meu crescimento no esporte através dos auxílios que me dão, disponibilizando a Arena para treinamento, além do apoio institucional, todo carinho, torcida e atenção que a Unifacisa me dá”, destacou. 

As conquistas e lutas da atleta refletem diretamente o seu compromisso e persistência e continuar escrevendo a própria história. A Unifacisa, enquanto instituição que promove o desenvolvimento social em diversas verticais, por meio da sua diretoria acadêmica, celebra a história de Laíssa Guerreira e a conquista da sua vaga para as Paralimpíadas de Paris 2024. Para o centro universitário ter em seu corpo de alunos um exemplo de persistência e garra, como a jovem estudante, é motivo de orgulho sem tamanho. Trajetórias como a de Laíssa sempre serão apoiadas e lembradas pela Unifacisa. À atleta, a Unifacisa deseja muita sorte e sabedoria dentro e fora das quadras, já que determinação para superar grandes desafios Laíssa sempre teve. 

Por André Bojim - Assessoria de Imprensa Unifacisa

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