A enxaqueca crônica é uma condição que afeta a qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Com implicações socioeconômicas importantes, essa condição tem sido uma preocupação crescente na área da saúde. No entanto, há esperança no horizonte, e o Hospital HELP, em Campina Grande – PB, está realizando pesquisas e tratamentos neste sentido.
De acordo com o neurocirurgião, Luiz Severo, o Artigo científico publicado na Headache Medicine, revista oficial da Sociedade Brasileira de Cefaleia, intitulado “Prolotherapy in the treatment of chronic migraine — Case report” é um marco na produção científica do hospital, com o primeiro caso de paciente acompanhado no Centro de Dor.
"A temática do artigo traz a descrição de um caso promissor onde foi utilizado a técnica da Proloterapia, consistindo na aplicação da glicose e anestésico local, trazendo redução de crises em médio prazo. A proloterapia provou ser um complemento promissor para o tratamento e controle das crises de enxaqueca. Uma opção minimamente invasiva para o controle da dor refratária aos tratamentos convencionais. Aplicando esta técnica no tratamento da enxaqueca, obtivemos excelentes resultados no controle da dor. Ressalta-se que a técnica eficaz depende de um operador com experiência e vasto conhecimento do procedimento, anatomia e histórico médico do paciente", pontuou.
Para o estudante de Medicina da Unifacisa, Ítallo Bernardo Souto, é muito simbólico publicar o primeiro artigo científico do HELP em uma revista de relevância nacional e internacional como a Headache Medicine. “É a prova de que nós estamos avançando, o HELP progredindo e a ciência andando a passos largos. Continuo cativado pela ideia de produzir soluções inovadoras para velhas questões, como a migrânea crônica. São propósitos ambiciosos, mas acredito que alcançaremos lugares de maior excelência em relação à posição que estamos hoje no gerenciamento da enxaqueca crônica”, afirmou.
Na pesquisa, a proloterapia provou ser uma técnica notável para reduzir o número de dias em um mês que um paciente com enxaqueca crônica refratária à terapia padronizada teve dores de cabeça. No entanto, são necessários estudos em grupo controle para determinar a eficácia do procedimento.